terça-feira, 8 de outubro de 2013

Honorato

Fomos a convite deste Sr.. Éramos seis à mesa e ele o único homem :) 
Entramos e comecei imediatamente a simpatizar com o lugar. 
À entrada tinham uma mesa de marceneiro, como a que o meu pai teve em tempos lá em casa. Em cima da mesa uns caixotes com frutas e legumes de cores vivas. Por cima destes, dois quadros (que pareciam ser de lousa) um com uma frase muito engraçada e outro com o nome do lugar.
Fomos atendidos por uma moça, bastante simpática, que nos levou até uma mesa. 
Pedimos as Limanadas e escolhemos do menu, que está escrito na parede, os hambúrgueres que prometiam à entrada ser os melhores.
Fui ao WC. E achei um mimo. Na parede a Mensagem, por cima da sanita, não poderia ser a mais apropriada: "As mãos são os seus talheres, lave-as bem". Gostei mesmo muito.
Quando chegaram à mesa, começamos a questionar como é que iríamos comer tal iguaria. O mais engraçado é que depois de tantas dúvidas, foi deliciado num instante.
Resumindo:
Os hambúrgueres são bons.
A casa é muito engraçada.
Os empregados MUITO simpáticos.
A companhia foi da melhor.
Valeu a pena conhecer esta casa que fica na Rua de Sta. Marta, quase de frente para o hospital e de seu nome Honorato.

Ficam as imagens possíveis.



Hoje é dia de grave do metro

e dia de andar a pé. 
Da parte da manhã, fazer uma caminhada desde o Cais Sodré até à rotunda do Marquês. 
Da parte da tarde, novamente caminhada desde a Rotunda mas desta feita até Entrecampos.
Esta coisa das greves do metro enervam-me. Não que eu não concorde que as pessoas não mostrem o seu desagrado com as suas condições de trabalho. O problema é que são greves consecutivas que, penso eu, para o patronato não deve fazer grande mossa, pois a maior parte dos passes já estão pagos pelos utentes do metro e para além disso, durante o dia da greve, não tem certos custos como eletricidade, subsídio de alimentação e o próprio dia do trabalhador que adere à greve. 
Misérias de um país roto à parte, o que se tira de bom desta tristeza é a vista que me acompanha ao logo do meu percurso.
Falta-me sempre a máquina fotográfica na bolsa. Sendo assim, ficam apenas duas imagens da passeata (forçada) desta manhã sem grande qualidade.


Cais das Colunas - Praça do Comércio

Praça do Comércio (Terreiro do Paço)

  

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Margarida

Vem a caminho e não chega na primavera. Deve chegar por volta dos dias frios de Dezembro ou Janeiro que é para dar mais vontade de lhe pegar ao colo.
A tia, entretanto vai-lhe fazendo uns miminhos.

Desta vez mostro uma capa para o boletim de saúde. 




A família foi à feira

Fomos à procura de 4 centos (é mesmo assim) de penca para plantar e para além da dita cuja trouxemos de lá também paio, castanhas, alhos, tangerinas e figos.
Era uma banca de fazer crescer água na boca. De legumes e frutas frescas.
Fomos à feira semanal da Estela e o que eu gosto (e tenho saudades) de lá ir.






quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Lisboa #4

Chegaram de surpresa os 4. Um mentiu e os outros vieram atrás. 
Já passava da uma da manhã. Foi uma alegria e também tempo de fazer camas e arranjar o sofá-cama no quarto do pequeno para nos instalarmos e ceder o nosso quarto aos meus pais.
No dia seguinte, aproveitaram (irmão, cunhada e sobrinho) a vinda à capital e foram ver o Glorioso. Enquanto isso, o projecto do tão desejado passeio pela baixa foi por água abaixo. Avançou um dia.
De manhã, alvorada sem corneta e toca a marchar para a baixa. Chegamos por volta das 11h00 ao Triunfal Arco da Rua Augusta e subimos. Primeiro um elevador, depois umas escadas estreitas e entretanto abre-se uma sala com o coração do relógio. Continua-se por um caracol que merecia uns semáforos como no Zimbório de Sta. Lúzia. 
Quando, finalmente, chegámos ao topo, vêem-se as costas da Glória com os seus braços que se estendem para colocar as duas coroas de loureiro sobre as cabeças do alado Génio e do "guerreiro" Valor protegido pelo seu temível leão.
O resto? O resto é paisagem e que paisagem. Para norte, a Rua Augusta, a Sé, o Castelo, o elevador de Sta. Justa, as ruínas do Convento do Carmo.
Para Sul, ui para sul. Avista-se um elegante equídeo que transporta no dorso D.José I todo vaidoso. Esta parelha consegue adornar, na perfeição, o meio do Terreiro do Paço. Aos seus pés, o largo Tejo. À sua direita, a vermelha ponte 25 de Abril que nos guia o olhar para a outra margem até ao alto, que nos parece pequeno, Cristo Rei.

Quem quiser ver Lisboa por alto e do alto, é uma excelente oportunidade.


  

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Lisboa #3

As horas de almoço, nem sempre são assim, como foi a de hoje. A de hoje, teve direito a baixa e cheiro a castanhas assadas na rua Augusta.
Fomos atrás do laranja e do azul para o tapete de arraiolos e acabamos no 5° piso da Pollux a descobrir apliques para WC.
De repente, uma janela aberta, uma vista de tirar folgo e ficarmos petrificadas. 
A rua de Sta. Justa com o seu elevador rendilhado e as ruínas do convento do Carmo a repousarem sob a chuva certa.
Primeiro parei, depois comentei e em seguida abri a bolsa e tirei o meu telemóvel (nada de muitos pixeis) para recordar o momento através de umas fotos. 
Depois, limitei-me a ficar ali, parada uns segundos.










terça-feira, 1 de outubro de 2013

Lisboa #2

Foi no segundo andar do número 4, mesmo no canto superior esquerdo, para quem imaginar a Praça da Figueira como um enorme quadrado e estiver de costas voltadas para o rio, onde encontrei sorrisos rasgados, simpatia bairrista e o raro turco impermeável.
Tem 80 anos de existência e agora é o neto do fundador quem comanda as tropas.
O chão é de tábuas corridas, como se querem os prédios antigos da baixa, e os armários até ao teto.
Tem fitas, botões, galões, viés, tecidos e muitos mais artigos de todas as cores, feitos e medidas. É um armazém. É o Armazém Marques e Sequeira.
Aí, se eu fosse costureira a sério e das boas...iam conhecer-me pelo diminutivo. Iam tratar-me por "menina Cilinha". Mas assim, só posso lá ir de quando em vez quando precisar de drakalon, entretelas, turco e alguns tecidos.

(Não tirei fotos, mas da próxima vez não facilito)

Lisboa #1

Um fim de tarde cinzento, mas sem chuva. 

Um fim de tarde para tentar percorrer a Rua da Conceição à procura de guizos, emblemas do Mickey, molas de chupetas e outras peças que tais. 


Um fim de tarde que me trouxe uma vontade enorme de entrar em todas as retrosarias. De sentir o cheiro a pinho das tábuas antigas daqueles chãos que já sentiram tanta gente. 


Um fim de tarde ideal para percorrer a baixa, de olhar com atenção para os todos os edifícios, com a atenção que merecem. Mas, infelizmente o tempo já era curto. Tenho de ir para a outra margem e faltam 20 minutos. 


Reagi a tempo de calcorrear o novo passeio junto ao rio e fiquei, 
ainda mais, agarrada à baixa.