sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Dos números



Se os meus avós maternos fossem vivos, a avó teria 90 e o avô 93 anos, a sua descendência contabilizaria:

- 9 filhos (uma só do meu avô, mas a minha avó tratava-a como filha);

- 21 netos;
- 33 bisnetos (3 in the womb).

Mas que grande prole :) 

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

"Meu querido mês de Agosto"


imagem daqui

... por ti passo o ano inteiro a sonhar....

Pois bem, não passo o ano inteiro a sonhar com mês de Agosto. Mas é um dos meus meses preferidos.

Agosto faz-me recordar quando passávamos a primeira semana deste mês na praia da Apúlia.

Éramos só os 3. Eu, o meu mano e a minha mãe. Depois uns dias, ou se juntava a colega da minha mãe e o filho, ou a minha madrinha e as filhas.

Era sempre uma excitação. Já tínhamos um ritual diário.
Acordar, tomar o leite, apanhar o autocarro até ao Campo da Vinha, apanhar a camioneta no Patronato (Nossa Senhora da Torre) às 8:00 da manhã e chegar à Apúlia.
No primeiro dia, a minha mãe tinha de ir ter com o barraqueiro para lhe pagar a barraca que íamos usar durante aquela semana, uma espécie de check-in portanto. Pedia-lhe também, que ao fim do dia lhe guardasse o saco (gigante) com as nossas coisas.
Depois destes pormenores tratados, partíamos então para a pastelaria, que tinha um papagaio verde à porta que nos saudava diariamente com um vigoroso "Olá".
Comprávamos pão e fiambre para os lanches.
Depois da pastelaria era a vez do pequeno mercado onde a minha mãe comprava alguma fruta. Seguíamos depois, novamente para a barraca.
Os dias eram passados entre brincadeiras, sestas da parte da tarde e banhos. Sim, banhos naquelas águas geladas.

Das coisas que mais saudades tenho destes tempos, são os cheiros.
O cheiro a maresia logo de manhã. O cheiro do sargaço pelas ruas da Vila. É um cheiro que não há outro igual por mais praias que conheça.
O cheiro a legumes frescos do mercado.
O cheiro do peixe fresco que vinha nos barcos acabadinhos de chegar de mais uma noite de faina.
O cheiro do pão quente, que ao meio da manhã era devorado com um pedaço de fiambre.
Era o início do nosso mês de Agosto. Um mês de praia, de brincadeiras com os primos e das limpezas anuais.

O Agosto da minha infância, não teve comporta, nem muito menos Algarve. Tinha a Apúlia e as suas águas geladinhas. Mas éramos muito felizes.